Esse ano de 2018 estou com mais um desafio no LEI, chegou um aluno na escola com autismo. Nunca tinha trabalhado nem conhecido alguém como o Michael. Ele estava frequentando pouco a escola porque não estava conseguindo interagir, a comunicação dele é através do whatsap. Convidei-o para conhecer o laboratório de informática e fiz alguns exercícios com ele da série educacional GCompris do Linux (labirinto, jogo da memória, sete erros, quebra cabeça, xadrez). O desenvolvimento dele foi ótimo, ele passou a tarde no LEI comigo e no outro dia chegou meio dia na escola. A aula da tarde começa as 12:40.
Nesse dia fiz outras atividades com ele como o Breakout, um joguinho de coordenação motora na internet. Fiz 483 pontos (sou péssima em jogos, rsrsrs), o professor João Paulo de matemática fez 3720 pontos e o Michael fez 9669, isso porque ele parou de jogar para fazer a aula de slide junto com os alunos do Projeto de Inclusão Digital do contra turno.
Infelizmente não temos na escola um profissional para trabalhar com esses alunos especiais, e inclusão não é só o aluno está frequentando a escola, vai muito além. É um desafio diários para nós professores que não temos nenhuma experiência nem capacitação e acabamos seguindo nossa intuição para lidar com os desafios.
Ano passado trabalhei no LEI com as alunas Geiciane (surda) e a Glória (déficit cognitivo), foi o primeiro desafio, esse ano continuo o trabalho com elas, a aluna Valônia (déficit de aprendizagem) quer participar das aulas de Inclusão Digital e o Michael. Quatro situações distintas, mas o resultado com esses alunos no LEI está acima das expectativas que eu tinha, até porque nunca tinha vivenciado essas situações. Está sendo muito gratificante e uma oportunidade única de aprendizado para mim e para eles.
Cuidar, esse é termo que define Zélia de Matos Briro. Parabéns por incluir e inserir os alunos nas propostas deste ambiente de aprendizagem.
ResponderExcluirMuito obrigada pelo apoio.
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